10 passos para se tornar um melhor degustador(a)

10 passos para se tornar um/a melhor degustador/a de vinhos

Dez entre dez alunos/as chegam aos cursos – seja do WSET ou cursos mais informais – dizendo: eu não consigo achar aromas, eu não entendo esses termos… eu não sei degustar…. Não sou bom nisso.

Pera aí… respira que a tia vai te ajudar.

10 dicas para se tornar um/a melhor degustador/a

1º. Degustar vinho não é sobre gostar ou não gostar, mas sim sobre reflexões acerca do que o vinho apresenta. Não significa que todo jantar entre amigos você deixará de curtir para fazer análises sensoriais. Significa que, em seus momentos de estudo, antes de falar “esse é meu tipinho” você tentará avaliar fatores intrínsecos de equilíbrio, tipicidade e outros fatores.

2º. Perceba o equilíbrio: parafraseando nossos colegas cervejeiros: o vinho desce redondo? Fatores como acidez, álcool, taninos, madeira, etc lhe parecem conectados? Ou tem um aparecendo muito mais que o outro?

3º. Entenda a tipicidade: o vinho efetivamente parece com tudo que você já degustou e/ou estudou sobre ele? Pinot Noir com gosto de PN, Cabernet Sauvignon com tipão de CS… e assim por diante? Aqui uma boa bagagem teórica ajuda também.

4º. Entenda o que a idade de um vinho representa: a cor, a vivacidade, os aromas e sabores são compatíveis com a safra do vinho? Tá caidão e ainda é jovem? É um coroa enxuto?

Amigos jovens hipster bebendo vinho

5º. Intensidade e corpo: qual a sensação que este vinho te provoca em boca? E aqui entra a velha e boa referência. Só sabemos avaliar isso se já temos uma régua bem marcada em nosso cérebro sobre nossas outras experiências degustando. Portanto, e como eu disse em meu primeiro texto por aqui, prove sempre vinhos diferentes!

6º. Curta o final: o vinho saiu correndo e nem lhe deu um adeus? A sensação permaneceu por alguns instantes? Isso também é um fator qualitativo. Aproveite esse momento avaliando o tempo e também o que ele deixa em seu palato.

7º. Não deguste só vinhos, deguste o mundo: não se limite a entender a vida apenas pela ótica dos vinhos. Cheire frutas, plantas, perfumes… Prove texturas diferentes nos alimentos. Permita-se sentir os cheiros que a natureza lhe proporciona à beira mar ou em dias de chuva. E cheire coisas estranhas também. Tudo isso irá criar um ambiente cerebral preparado para transformar a descrição de um vinho algo prazeroso e quase natural.

8º. Crie seu próprio método: eu adoro degustar sozinha, especialmente quando preciso elaborar fichas técnicas. Por outro lado, a degustação com outros colegas é sempre um grande aprendizado e também me conduz a reflexões e expansões mentais. Teste, monte um grupo de degustações, tente sozinho… Somos muito diferentes e cada um sabe qual o melhor jeito de acessar suas memórias e criar novas percepções.

9º Estude: um bom degustador desafia o seu cérebro diariamente. Leia, deguste, reflita. Quanto mais informação, mais fácil será o acesso a elas durante as degustações.

10º. Não se intimide: ninguém nasce sabendo. Ninguém sabe tudo. A jornada do aprendizado sobre vinho é deliciosa. Continue a nadar… ou a degustar. Rs

Até o próximo mês!

Assinatura Keli Bergamo Vinhos Única

Destaques

Paris e muito mais: dicas de adegas, bares e restaurantes imperdíveis!
, ,

Toda acidez será neutralizada (e vai te fazer salivar) Pt III

Toda acidez será neutralizada (e vai te fazer salivar) Pt III Olá pessoal! Chegamos ao final da nossa série sobre acidez. Na primeira parte falamos sobre a importância da acidez no vinho e como ela afeta nossa experiência gustativa.…
Paris e muito mais: dicas de adegas, bares e restaurantes imperdíveis!
, ,

Paris e muito mais: dicas de adegas, bares e restaurantes imperdíveis!

Descubra Paris e muito mais com as dicas imperdíveis. Explore os melhores lugares para apreciar vinhos e gastronomia na cidade-luz e além.